19.9.13

Tudo Azul

Certamente não foi a final, porque campeonato de pontos corridos nunca se sabe. Mas com certeza a atmosfera foi de uma. Não que eu tenha ido em muitas finais, fui na verdade em poucas, mas senti muitas vezes o clima. 



Hoje, não só a torcida compareceu - os lugares de preços razoáveis estavam lotados, e houvem quem pagasse no espaço Minas Arena - festejou bonito e incentivou, mas também foi correspondida. Cruzeiro joga muito, mas, estou aprendendo depois desse meu retorno ao Brasil, gosta de perder gol. Muito gol. De dar raiva.

Primeiro jogo meu no novo Mineirão foi contra o CAP e tirando o gol mal anulado - a gente sabe que quando se tem como adversário direto na corrida pelo título um carioca, os erros de arbitragem ficarão mais e mais frequentes - o cruzeiro desperdiçou muitíssimos gols. 

Hoje foi de novo. Cheguei a perder a paciência de tantos quases. Tava aflita, queria ganhar, resolvi agir como agia nos meus tempos de torcer pro Cruzeiro do Levi(ce) Culpi e não ver as jogadas pra testar se eu era o fator complicador. (Me julguem, sempre fui supersticiosa). Cruzeiro no ataque, final do primeiro tempo. Todos nervosos, torcedores em pé de olhos vidrados, cantando sem parar. Me assentei, peguei o celular e para evitar qualquer contato com o jogo, brinquei de Candy Crush. Assim, por minha culpa o Nilton fez o que fez. Fiquei triste por ter perdido o gol, mas jamais falarei que me arrependi.

Segundo tempo me começa tenso e o Botafogo logo teve o pênalti. Poxa, todo o esforço perdido, pensei, porque o Seedorf pode estar velho, mas pênalti é experiência e treinamento. Mas o Seedorf não contava comigo. Me assentei novamente e não vi a cobrança bizarra dele. Só senti a explosão da torcida. Foi uma coisa linda. De final mesmo.

O jogo seguiu tenso, e eu poderia fazer mais a comentarista de futebol e comentar cada um dos jogadores, mas ainda tenho certos problemas com alguns. Assim, guardarei pra quando eu tiver mais segura dos meus comentários. Meus parabéns hoje vão especialmente pro Ceará. Cara, que bolão que foi hoje, pra mim, tá lá nos especiais. 

Acho que no geral o time merece mesmo uma salva de palmas, porque encarou com maturidade. Marcelo foi outro que percebeu o jogo bem e achei moral botar o Batista (que decidiu o jogo) no lugar o Borges que não estava funcionando no esquema tático do Botafogo - mas isso é uma das coisas: há quem diga que foi sorte.

Espero que continue assim, brilhando, jogando pra ganhar o jogo, das circunstâncias e que a sorte continue com a gente. Só espero uma brincadeira de tiro ao alvo pros caras pararem de errar tanto gol. Espero que o Nilton monstro não tenha machucado e contra o Corinthians jogue tão bem e se torne nosso artilheiro.

Continuarei indo aos jogos que conseguir comprar ingressos, tenho medo de duas coisas: filas (traumas de libertadores) e preços (trauma de Minas Arena). Mas tentarei. E vibrarei independente de onde estiver.

Boa noite pra quem é líder.

31.7.13

Das coisas difíceis

Disse outro dia no Facebook que acordar e parar de comer um pacote de biscoito no meio eram das coisas mais difíceis da vida. Outra que tá nessa lista é dizer tchau. Essa temporada tem sido um turbilhão de emoções e tive que ir levar melhores amigos pruma dura e longa separação. 

Primeiro foram meus portugueses, que de pouquinho em pouquinho, comendo quieto que nem mineiro, roubaram um pedaço de mim. (Me deixaram, contudo, com uma leve camada de gordura, porque amigo bom é amigo que come junto). Despedimos com uma noite gastronômica muito boa e gorda, risadas e é isso que conta.

Ricardo fofinho

Pedrinho fingindo de triste (porque tava com muitas saudades de Lisboa e feliz por voltar)

Hoje foi o dia do Marcos e da Patrícia. Ontem fomos num karaokê. Isso mesmo, você leu certinho. Cantamos de Sk8ter Boy a Abba, passando por Shakira (quando nossa inocência foi quebrada coma letra de "Whatever whenever"), entre várias outras muito afinadas e bem ensaiadas e coreografadas, sendo que o ponto alto foi Ragatanga. 

Fomos dormir, eu e Lucas, lá pelas 4h da manhã e acordamos as 6h30 pra levar os meninos no aeroporto. Lembra o último post que eu contei que fiquei virada e foi ruim? Dormir só duas horas é ainda pior.

Patrícia, Liege e Marcos já longe


Os lindos sofrendo juntos (mas fingindo que não) <3

Em casa finalmente depois de sair no sábado pra visitar o Thiago em Gent (conhecer a cidade pra Tuti), chego em casa exausta, uma mistura de físico e emocional. Esse povo tá me quebrando em pedacinho, deixando pouco deles comigo mas levando meu coração com eles.

Deixo aqui uma frase que não sei de quem é, mas que agora vai fazendo tanto sentido, mesmo que "clichê", que eu tenho certeza que não é a última vez que mencionarei aqui:

“Sou um pouco de todos que conheci, um pouco dos lugares que fui, um pouco das saudades que deixei e sou muito das coisas que gostei"

27.7.13

Quem nunca?

Estou sozinha na minha roça, abandonada, jogada às traças. Quarta foi o último dia antes da Ari me trocar pela Interrail e sair numa viagem pela Europa por 20 dias. Aconteceu na madrugada o jogo do galo e como era a final resolvi assistir (já ia ficar acordada mesmo). Antes que atleticanos venham zoar, estava em estado semi consciente, então não estava ligando pra nada. Tinha marcado pra Quinta cedo uma conversa com uma empresa pra fazer estágio de três meses aqui às 11h da manhã (não tenho notícias sobre o resultado ainda nao, relaxem). Como o jogo acabou de verdade quase às 6h da manhã nao haveria tempo de dormir, tomar banho, secar cabelo sem a certeza de que conseguiria acordar entre as tarefas, tive a brilhante idéia de virar "a noite".

Fui de ônibus porque de bike gastaria +30 minutos (o quê, como todos sabemos, vai além da minha política de transporte). Teria q ir pra estaçao central e de lá pegar o ônibus 2.Só não lembrei da direção que eu tinha que pegar e entrei no primeiro 2 que apareceu na minha frente. Resultado: 30 minutos rodando por um bairro até chegar na estação central e ele mudar pra direçao certa. Não perdi a hora da entrevista porque mamãe me ensinou a sair adiantada para compromissos importantes, o que foi um alívio hoje.

Quem me conhece sabe que eu sou boa pra reconhecer rostos no geral. Pra uma noçao de quanto "away" eu estava, quando tive que trocar de onibus na estação central, o motorista era o mesmo do onibus que eu tinha pegado pra estaçao vindo da minha casa. Quando entrei no ônibus o cara perguntou se eu tava seguindo ele. Eu olhei com aquela cara de interrogaçao e ele teve que explicar, já que eu não tinha reconhecido ele. Fiquei tão triste.

Mas acabou que só consegui dormir pouco depois que cheguei em casa, lá pras 14h... 

11.7.13

O dia em que eu comi o cabelereiro

Calma, calma não criemos pânico.

Dessas bizarrices da vida, aconteceu ontem comigo. Estava linda fazendo trabalho com os meus colegas holandeses, trabalho gigante, estamos a 4 meses trabalhando nele semanalmente. Queríamos terminar, então ficaríamos até onze da noite na universidade trabalhando.
Lá pelas 18h resolvemos pedir comida:

-Hey Taiga, vamos comer Kapsalon?

(eu ja sabia da brincadeira e mandei logo):

-Cabelereiro? Não quero comer cabelereiro!



Acontece que Kapsalon é a palavra pra cabelereiro, mas também é um prato "turco" criado aqui na Holanda. Consiste em Shoarma, que é uma carne esquisita, uma carne processada fatiada, batatas fritas e uma saladinha de leves. É bem isso aqui:


É gostosinho, mas ontem tava divo, porque estava morrendo de fome. 

Depois disso o dia ainda durou até 23h, exausta (e o trabalho ainda não havia sido terminado)....


Texto bobo, mas o título não saía da cabeça, resolvi postar anyway.

13.6.13

Eu amo minha bicicleta, só que nem tanto.

Hoje tava lembrando dos meus tombos andando de bike. Foram tombos feios e todos por diversos motivos. Tive uns muito feios quando estava ébria. Normal, não era nada excelente no guidom sóbria, e sem todas as coordenações, aí que cairia mesmo. MAS tomei altos tombos, se não os piores, quando sóbria. Deixaram muitos roxos e uma bike capenga. Muito tadinha.

Hoje, depois de quase 10 (NÚ) meses andando de bike, eu tenho DUAS bicicletas. A primeira ainda não vendi por razões sentimentais (e porque tá com um pneu murcho, que dá preguiça de arrumar só pra vender) e uma "nova", de tamanho de adulto, sóbria e da qual eu nunca caí. Isso mesmo, são 5 meses sem NE-NHU-MA queda. Não sou uma bicicleteira brilhante, nem uma entusiasta do negócio (acho que aplica pra ir de casa pra UFMG, UFMG-padaria, casa-academia e fim. [ok, pra ir na casa do vizinho aceito e ressalvo se tiver muito morro - GENTE NÃO DÁ] escrevo mais sobre isso depois) mas tô acostumada com a dor no bumbum... 

Lembro da primeira vez que eu precisei tentei andar com uma mão só no guidom (pra filmar o Fred andando sem nenhuma mão no guidom). Foi um desastre que quase não terminou bem pra mim, quase batendo nos arbustos linda linda. Hoje, pasmem, já fico 30 10 segundos sem NENHUMA MÃO NO GUIDOM e atendo o celular com desenvoltura enquanto bikando. Sou ótima nisso. 

Mas digo, tudo - eu repito, tudo - tem um limite. Gosto da minha bike, porque, como dizem meus amigos holandeses, é 6 vezes mais rápida que a pé, muitas vezes mais barata que de ônibus (e muito mais disponível) e duas vezes mais rápida que o carro na cidade. 

Pra ilustrar: tem um cruzamento aqui no centro de Enschede que é preferencial pra bicicleta. Quando eu digo preferencial eu digo: abre 2 vezes pra bike antes de abrir pro carro. Pra pequenas distâncias (até uns 30 minutos de bike - lembrem que aqui não tem morro) é o melhor jeito mesmo, confesso. Mas isso é uma escolha da população? Porque é mais sustentável e tal? Acho que não. É uma escolha do planejamento das cidades que só funciona porque aqui é tudo plano. Em muitos lugares, tipo no centro de Amsterdã, é fisicamente impossível andar de carro, de tão estreita que são as ruas são. De novo, andar de bike não é uma questão de escolha, é quase uma imposição.

O que eu quero dizer com isso é: eu não tô vivendo no "País das Maravilhas" porque todo mundo anda de bicicleta. Eu se pudesse comprava sim uma vespa (por mais que Frits diga que não é tão cool assim e que foi assim que os EUA ficaram obesos), se fosse plausível comprava um carro, mas, não tendo essas possibilidades, tô "feliz" com a bike, reclamando de cabo a rabo toda vez que chove, ou tá calor demais, ou tenho que bikar pouco mais de 15 minutos (já bikei por uma infernal hora num mormaço de fazer inveja em  muita praia. Não é agradável. Reclamei depois de meia hora, o restante do caminho inteiro). 

E me sinto muito orgulhosa toda vez que tiro as mãos do guidom e não caio.

4.4.13

É comemorar!

Eu não tenho sido justa com esse blog. Não tô contando nada que tá acontecendo aqui, posso dizer que foi abandono de capaz. Peço perdão, mas não faço promessa, não consigo escrever ultimamente, falta inspiração.

Não hoje. Hoje é dia de falar pra todo mundo que é aniversário de mamãe! Num tenho nenhuma foto dela aqui comigo agora, mas queria desejar tudo de bom no mundo, e eu falo com um oceano de distancia e carregando todos os bons votos que se pode ter no meio do caminho!

Meu presente a essa altura já tá no Brasil, mas acho que não em mãos. Isso, infelizmente não depende de mim. Mas é isso aí, mandei até cartão! Vai lá na casa da Joh buscar! =D


Beijo de coração!

20.2.13

Clichê

Vou dizer de Londres em parte, porque foram (estão sendo) muitos dias e é uma cidade muito rica. Nada mais justo que dividir em várias postagens a minha estadia aqui.  Era pra ser um post de Londres, mas só que virou um meio termo.

Começo com um tema que sempre tá presente na minha cabeça... O que me faz gostar de uma cidade? A atmosfera, o que ela me proporciona e a companhia. Pra mim, cidades são feitas de pessoas. Gosto muito de uma cidade que não é tão bonita, famosa, ou especial para o senso comum baseado nas pessoas que eu conheço e tenho guardado no meu potinho de cidades. Budapeste é assim. Foi uma cidade que se mostrou muito amistosa, com gente que me deixou muito feliz. 

Londres é mais. Não estava na minha lista de "must-see" mas tá na lista agora de  "definitivamente voltarei". Um dos motivos eu explico: 

Descobri aqui duas brasileiras, pra dizer o mínimo, que cuidaram de mim, e além de me darem casa, me deram carinho. Sou dessas que cria uma consideração muito grande por gente que demonstra afeto. Brigada Juliana e Priu pelos dias (tô dizendo brigada antes de ir embora porque vocês foram/são o máximo). [Brigada Pietro, pela indicação]

Muita gente diz, mas o Vanguart canta que "o que importa é o que te quebra em duas cidades". Eu já sou um caco porque tô quebrada no Brasil em alguns pedaços e na Europa cada lugar especial me quebra um pouco. Não vou começar a dizer quem é especial aqui ou no Brasil. Vou dizer que a Ju e a Priu me fizeram quebrar em Londres e considerar vir pra cá outra vez.

Priu é louca. Fala mais que eu (vê a seriedade disso!). E é de Recife, amor da minha vida em forma de sotaque. E é um amor. Ju é um doce. Dá pra derreter pelo jeitinho que fala (e olha que nem fala tanto assim, mas gostei demais.)

I have to tell in english now, because this special part is for Alex and Sam (my personal Tweedledee and Tweedledum) that also made London really nice, and cheerful, you are amazing!! We should totally meet again!

Enfim, mais tarde eu conto mais sobre o que ver aqui na cidade.


31.1.13

Finalmente, Barcelona

Antes que eu vá pra Londres, preciso contar de Barcelona, que é linda. Vou aproveitar então esse momento em que eu deveria estar estudando, mas estou querendo fazer qualquer coisa, menos estudar.

Foram muitos destinos pesquisados antes de decidir pela cidade catalã para o Reveillon, e o veredicto veio com a certeza de temperaturas mais altinhas do que nos outros candidatos (Edimburgo era o mais provável, o que deu mais vontade, mas que além de muito frio era muito caro) e ótimas companhias confirmando o interesse em ir pra Barcelona. Tratei logo de em outubro decidir a vida e fechamos um apartamento para 11 pessoas (todas brasileiras) pro 6 dias num dos bairros centrais de lá (decisão muito sábia, do Marcos). 

Depois de um natal gostoso, com muita jurupinga, muito amor, Lílian, Casé e Helô (e família), 2 kg a mais na balança, muita saudade no skype e todos os clichês de fim de ano (pernil, pavê, chester com farofa incluídos), o dia 28 chegou, como quem não quer nada... e assim embarcamos na Ryanair Transavia, com nossa bagagem de 10kg pra 6 dias de viagem (porque economia é preciso).

Descemos no aeroporto vivos (aê!) e chegamos na estação central. Como sempre, um print screen do google maps era nosso (Eu, Pati e Marcos) guia turístico até a nossa casa (sempre, porque na viagem de outubro fiz isso também). Nos perdemos um pouco, mas no final deu tudo certo, porque a gente morava realmente no centro, perto do Arco do Triunfo. Assim que a gente achou ele, achamos nossa casa.

Olha nosso ponto turístico particular aí

Como chegamos tarde, decidimos não sair no primeiro dia (mesmo porque não fazíamos ideia de onde ir) e resolvemos ir no mercadinho comprar bebidas e comidas. Dica número 1. Compre bebida antes das 23h. Em Barcelona não pode comprar bebida depois e a gente teve que ir na mocada, porque os vendedores eram gente fina também.

O dia seguinte (Dia 1 de turismo) amanheceu bem cedo, lindo e quentinho (17 lindos graus). Resolvemos tentar um dos Free Walking Tour (que é a Dica número 2. Procure sempre city tour "grátis". São ótimos, você vê os principais pontos da cidade e é barato. É que é de graça mas você dá uma gorjeta no final pro seu guia.). Eu, Robson e Marcos saímos levemente atrasados, e nos perdemos, porque o primeiro city tour era 10h da madrugada. Ficar perdido foi uma coisa boa, encontramos um prédio bem bonito, uma loja que vendia relógios derretidos do Dali e a nossa rua principal, a Via Laetânea.


Relógios que não couberam na mala

Chegamos em casa novamente e procuramos informação do outro city tour. Corremos e... perdemos o city tour, porque ele tava muito cheio. Dessa vez a gente não se perdeu tanto, achamos a via Laetânea de novo, e outros prédios turísticos, que na mesma tarde num outro city tour descobrimos que era a Prefeitura. Estávamos nas Ramblas, lugar que é muito lindo, tem um porto bem bonito e tem o Cristóvão Colombo apontando pra América (porque foi de lá, Barcelona, que ele saiu pra ficar perdido no mar e achar a gente e foi lá que ele recebeu o pagamento pela expedição). 

Terra a vista!

De tarde conhecemos o bairro gótico, tivemos uma aulinha sobre a vida do Picasso e cultura catalã geral, descobrimos onde comer Tapas e outras muitas informações que se eu contar aqui, o post ficará ainda mais gigantesco. (Foram 6 dias!!!)

Dia 2 de Barcelona a gente acordou tarde, porque fomos dormir tarde, degustando vinhos de 1 euro, então perdemos de novo o tour do Gaudi (que só acontece pela manhã). Fomos então pro Montjuic e vimos a cidade por cima, ficamos perdidos no parque, não conhecemos tudo, roubamos limão capeta do pé achando que era laranja e acabamos encontrando a Praça Espanha no final e uma CsF Holanda que tava perdida por lá.

Vista do Montjuic (Sagrada Família e seus andaimes no lado direito da foto)

Meu pé de laranja lima

Praça Espanha (mal centralizada)

Depois de andar bastante, fomos comer. Dica número 3. Coma no Kiosko. O MELHOR hambúrguer do mundo. É muito grande, muito bom, total vale a pena. Mas espere você ter FOME (em letras maiúsculas).

Hmmm, fui contudo no hambúrguer.

Dia 3 era também o último dia do ano. Conseguimos acordar cedo e conhecer a Barcelona do Gaudi. Mano, né por nada não, mas o cara era muito doido! Vimos a Casa Batlló e a La Pedrera, mas chocante mesmo é a Sagrada Família. Além de ser interminada (com pergaminhos esboços feitos pelo Gaudi pra ajudar o término da obra), o bicho é gigante e muito bonito. A fachada em que o Gaudi trabalhou é sensacional, e tem até uma árvore de natal nela. Quando tiver pronta, a basílica vai ter 167m de altura e 3 fachadas que contam toda a história de Jesus (em estátuas esculpidas com vários estilos arquitetônicos, um trem de louco). Meu arrependimento foi não ter entrado lá, mas acabou que não deu tempo...

E o susto quando vi o tamanho dela? E quando descobri que a maior torre ainda não tá pronta? 

Mas o dia tava acabando e a gente nao tinha comprado o ingresso pra festa da virada, então almoçamos e fomos pra casa resolver a ceia de reveillon (coelho no molho de laranja, frango assado no cream cheese e amendoa, arroz e batatas), e resolver a vida (roupa, sapato e ingresso da festa). A ceia atrasou um pouco e na hora da virada ainda estávamos em casa, mas fizemos uma festa ótima! 

Meninos comportados

Saímos pra festa e só voltei as 8h30 da manhã do dia 1, com o Robs, um indicativo de que o dia seria da preguiça. Ainda encontramos a Helô, passeamos no bairro gótico, comemos tapas (que é um canapé. Pão frances (ou italiano) fatiado com qualquer coisa em cima. QUAL-QUER. Comi um que tinha uma TORTA em cima dele).

Sente o drama das tapas!

E no último dia de turismo foi dia de PARC GUELL! O parque é todo lindo. TODO LINDO. Músicos geniais, uma vista maravilhosa, e o lagarto que foi minha sensação, assim como a piramidinha do Louvre, sabe? Feels like Barcelona quando você vê o que sempre diz que é. 

Eu e meu bróder Lagarto em Barcelona.

Nesse dia fomos no Mercado da Boqueria. Dica número 4. Vá o mais cedo possível no mercado. E faça compras lá. Achamos massa de pão de queijo (e nosso pão de queijo ficou divino), carne barata (picanha lá custa o mesmo tanto que frango aqui na Holanda, olha a dó!) e muitas outras comidas lindas e maravilhosas.

Compramos também o melhor sanduiche de presunto, segundo o New York Times e o trem é bom mesmo, mas eu não tirei foto. Acho que a loja chama Café Viena e é nas Ramblas, recomendo.

Por fim, caçamos um bom restaurante pra comer paella. Por bom entendam: não fosse paella perdigão (desses restaurantes pegadinha de lugar turístico que tenha foto do lado de fora) e barato. Achamos uma com um preço justíssimo e ainda tomamos uma sangria (que é um vinho temperado com ervas gelado).  Encontramos a Pati num bar bem legal na nossa vizinhança, voltamos pra casa e dormimos as 4h pra levantar as 7h pra pegar o avião de volta pra casa. E fim.

PS. Pra ver a foto maior, é só clicar nela. 





27.1.13

Sobre o meu primeiro casamento holandês


Sexta foi o casamento da Ana Clara com o Peter. Conheci a Ana ainda em BH no chá de lingerie da Amália e a revi ano passado no chá de lingerie da Lóren, em julho. Nessa época eu já sabia que viria pra Holanda fazer intercâmbio e ela ficou muito feliz em saber disso, porque já estava de casamento marcado com um holandês numa terra meio distante (pra dizer o mínimo).


Conversas sobre a Holanda, processos de visto, vida aqui e outras coisas (como holandeses no geral) via Facebook me fizeram ficar amiga dela. Depois da minha viagem pro Brasil fui visitá-la na casinha holandesa (muito charmosa) e conhecer o então noivo (muito charmoso).


Escrevi um texto gigante sobre o dia, e está dividinho, pra vocês poderem ler com calma. Depois de uma temporada sem postar nada, era o mínimo que eu podia fazer. Peguem a pipoca, porque como diz a moça que casou os dois: é um conto de fadas holandês (e o clima ajudou, assim como eles queriam: neve bem branquinha pra colorir a história e dar um ar mais bucólico)

Capítulo 1. A História
Capítulo 2. Os Preparativos
Capítulo 3. O Casamento
Capítulo 4. A Festa

Capítulo 1. A história.


O dois se conheceram quando a Ana veio fazer uma turnê com o grupo de dança Aruanda na Europa e o Peter era o “guia” na cidade aqui na Holanda. Os dois eram muitos novos (~17 anos) e apesar de estarem interessados um pelo outro, o oceano separavam os dois, literalmente. Era muito cedo pra tanta certeza de “amor”, sentimento de paixão (isso é o que eu vejo da situação).

Com o advento do Facebook, depois de alguns anos (e muita história de cada um vivendo a vida em seu país do melhor jeito) reencontraram-se online e, por causa das voltas da vida a Ana veio visitar a família que tinha acolhido em 2007, na turnê, aqui na Holanda e deixou a dica pro Peter que estava livre, leve e solta (e na pixta). O Peter entendeu a dica e assim que a Ana chegou (ou pelo menos não perdeu muito tempo), foi logo dando um jeito de deixar bem claro o interesse pela Ana e logo começaram a namorar (agora mais maduros e com pelo menos 3 meses no mesmo continente, tempo da estadia da Ana aqui).  

A Ana tinha logo que voltar pro Brasil, mas dessa vez eles continuaram namorando. Peter, tendo em vista a dificuldade de namorar a distância, chamou Ana pra morar com ele aqui na Holanda. O pai da Ana, disse que como filha única, só sairia de casa casada. A Ana contou pro Peter e ele pediu um tempo pra pensar (claro, casar na pressão não dá)...  3 horas depois ele tinha a resposta e uma passagem pro Brasil e em Junho/Julho estavam noivos e com o casamento sendo organizado. (Pra história ser mais chique, noivaram no Rio de Janeiro )