31.7.13

Das coisas difíceis

Disse outro dia no Facebook que acordar e parar de comer um pacote de biscoito no meio eram das coisas mais difíceis da vida. Outra que tá nessa lista é dizer tchau. Essa temporada tem sido um turbilhão de emoções e tive que ir levar melhores amigos pruma dura e longa separação. 

Primeiro foram meus portugueses, que de pouquinho em pouquinho, comendo quieto que nem mineiro, roubaram um pedaço de mim. (Me deixaram, contudo, com uma leve camada de gordura, porque amigo bom é amigo que come junto). Despedimos com uma noite gastronômica muito boa e gorda, risadas e é isso que conta.

Ricardo fofinho

Pedrinho fingindo de triste (porque tava com muitas saudades de Lisboa e feliz por voltar)

Hoje foi o dia do Marcos e da Patrícia. Ontem fomos num karaokê. Isso mesmo, você leu certinho. Cantamos de Sk8ter Boy a Abba, passando por Shakira (quando nossa inocência foi quebrada coma letra de "Whatever whenever"), entre várias outras muito afinadas e bem ensaiadas e coreografadas, sendo que o ponto alto foi Ragatanga. 

Fomos dormir, eu e Lucas, lá pelas 4h da manhã e acordamos as 6h30 pra levar os meninos no aeroporto. Lembra o último post que eu contei que fiquei virada e foi ruim? Dormir só duas horas é ainda pior.

Patrícia, Liege e Marcos já longe


Os lindos sofrendo juntos (mas fingindo que não) <3

Em casa finalmente depois de sair no sábado pra visitar o Thiago em Gent (conhecer a cidade pra Tuti), chego em casa exausta, uma mistura de físico e emocional. Esse povo tá me quebrando em pedacinho, deixando pouco deles comigo mas levando meu coração com eles.

Deixo aqui uma frase que não sei de quem é, mas que agora vai fazendo tanto sentido, mesmo que "clichê", que eu tenho certeza que não é a última vez que mencionarei aqui:

“Sou um pouco de todos que conheci, um pouco dos lugares que fui, um pouco das saudades que deixei e sou muito das coisas que gostei"

27.7.13

Quem nunca?

Estou sozinha na minha roça, abandonada, jogada às traças. Quarta foi o último dia antes da Ari me trocar pela Interrail e sair numa viagem pela Europa por 20 dias. Aconteceu na madrugada o jogo do galo e como era a final resolvi assistir (já ia ficar acordada mesmo). Antes que atleticanos venham zoar, estava em estado semi consciente, então não estava ligando pra nada. Tinha marcado pra Quinta cedo uma conversa com uma empresa pra fazer estágio de três meses aqui às 11h da manhã (não tenho notícias sobre o resultado ainda nao, relaxem). Como o jogo acabou de verdade quase às 6h da manhã nao haveria tempo de dormir, tomar banho, secar cabelo sem a certeza de que conseguiria acordar entre as tarefas, tive a brilhante idéia de virar "a noite".

Fui de ônibus porque de bike gastaria +30 minutos (o quê, como todos sabemos, vai além da minha política de transporte). Teria q ir pra estaçao central e de lá pegar o ônibus 2.Só não lembrei da direção que eu tinha que pegar e entrei no primeiro 2 que apareceu na minha frente. Resultado: 30 minutos rodando por um bairro até chegar na estação central e ele mudar pra direçao certa. Não perdi a hora da entrevista porque mamãe me ensinou a sair adiantada para compromissos importantes, o que foi um alívio hoje.

Quem me conhece sabe que eu sou boa pra reconhecer rostos no geral. Pra uma noçao de quanto "away" eu estava, quando tive que trocar de onibus na estação central, o motorista era o mesmo do onibus que eu tinha pegado pra estaçao vindo da minha casa. Quando entrei no ônibus o cara perguntou se eu tava seguindo ele. Eu olhei com aquela cara de interrogaçao e ele teve que explicar, já que eu não tinha reconhecido ele. Fiquei tão triste.

Mas acabou que só consegui dormir pouco depois que cheguei em casa, lá pras 14h... 

11.7.13

O dia em que eu comi o cabelereiro

Calma, calma não criemos pânico.

Dessas bizarrices da vida, aconteceu ontem comigo. Estava linda fazendo trabalho com os meus colegas holandeses, trabalho gigante, estamos a 4 meses trabalhando nele semanalmente. Queríamos terminar, então ficaríamos até onze da noite na universidade trabalhando.
Lá pelas 18h resolvemos pedir comida:

-Hey Taiga, vamos comer Kapsalon?

(eu ja sabia da brincadeira e mandei logo):

-Cabelereiro? Não quero comer cabelereiro!



Acontece que Kapsalon é a palavra pra cabelereiro, mas também é um prato "turco" criado aqui na Holanda. Consiste em Shoarma, que é uma carne esquisita, uma carne processada fatiada, batatas fritas e uma saladinha de leves. É bem isso aqui:


É gostosinho, mas ontem tava divo, porque estava morrendo de fome. 

Depois disso o dia ainda durou até 23h, exausta (e o trabalho ainda não havia sido terminado)....


Texto bobo, mas o título não saía da cabeça, resolvi postar anyway.