31.1.13

Finalmente, Barcelona

Antes que eu vá pra Londres, preciso contar de Barcelona, que é linda. Vou aproveitar então esse momento em que eu deveria estar estudando, mas estou querendo fazer qualquer coisa, menos estudar.

Foram muitos destinos pesquisados antes de decidir pela cidade catalã para o Reveillon, e o veredicto veio com a certeza de temperaturas mais altinhas do que nos outros candidatos (Edimburgo era o mais provável, o que deu mais vontade, mas que além de muito frio era muito caro) e ótimas companhias confirmando o interesse em ir pra Barcelona. Tratei logo de em outubro decidir a vida e fechamos um apartamento para 11 pessoas (todas brasileiras) pro 6 dias num dos bairros centrais de lá (decisão muito sábia, do Marcos). 

Depois de um natal gostoso, com muita jurupinga, muito amor, Lílian, Casé e Helô (e família), 2 kg a mais na balança, muita saudade no skype e todos os clichês de fim de ano (pernil, pavê, chester com farofa incluídos), o dia 28 chegou, como quem não quer nada... e assim embarcamos na Ryanair Transavia, com nossa bagagem de 10kg pra 6 dias de viagem (porque economia é preciso).

Descemos no aeroporto vivos (aê!) e chegamos na estação central. Como sempre, um print screen do google maps era nosso (Eu, Pati e Marcos) guia turístico até a nossa casa (sempre, porque na viagem de outubro fiz isso também). Nos perdemos um pouco, mas no final deu tudo certo, porque a gente morava realmente no centro, perto do Arco do Triunfo. Assim que a gente achou ele, achamos nossa casa.

Olha nosso ponto turístico particular aí

Como chegamos tarde, decidimos não sair no primeiro dia (mesmo porque não fazíamos ideia de onde ir) e resolvemos ir no mercadinho comprar bebidas e comidas. Dica número 1. Compre bebida antes das 23h. Em Barcelona não pode comprar bebida depois e a gente teve que ir na mocada, porque os vendedores eram gente fina também.

O dia seguinte (Dia 1 de turismo) amanheceu bem cedo, lindo e quentinho (17 lindos graus). Resolvemos tentar um dos Free Walking Tour (que é a Dica número 2. Procure sempre city tour "grátis". São ótimos, você vê os principais pontos da cidade e é barato. É que é de graça mas você dá uma gorjeta no final pro seu guia.). Eu, Robson e Marcos saímos levemente atrasados, e nos perdemos, porque o primeiro city tour era 10h da madrugada. Ficar perdido foi uma coisa boa, encontramos um prédio bem bonito, uma loja que vendia relógios derretidos do Dali e a nossa rua principal, a Via Laetânea.


Relógios que não couberam na mala

Chegamos em casa novamente e procuramos informação do outro city tour. Corremos e... perdemos o city tour, porque ele tava muito cheio. Dessa vez a gente não se perdeu tanto, achamos a via Laetânea de novo, e outros prédios turísticos, que na mesma tarde num outro city tour descobrimos que era a Prefeitura. Estávamos nas Ramblas, lugar que é muito lindo, tem um porto bem bonito e tem o Cristóvão Colombo apontando pra América (porque foi de lá, Barcelona, que ele saiu pra ficar perdido no mar e achar a gente e foi lá que ele recebeu o pagamento pela expedição). 

Terra a vista!

De tarde conhecemos o bairro gótico, tivemos uma aulinha sobre a vida do Picasso e cultura catalã geral, descobrimos onde comer Tapas e outras muitas informações que se eu contar aqui, o post ficará ainda mais gigantesco. (Foram 6 dias!!!)

Dia 2 de Barcelona a gente acordou tarde, porque fomos dormir tarde, degustando vinhos de 1 euro, então perdemos de novo o tour do Gaudi (que só acontece pela manhã). Fomos então pro Montjuic e vimos a cidade por cima, ficamos perdidos no parque, não conhecemos tudo, roubamos limão capeta do pé achando que era laranja e acabamos encontrando a Praça Espanha no final e uma CsF Holanda que tava perdida por lá.

Vista do Montjuic (Sagrada Família e seus andaimes no lado direito da foto)

Meu pé de laranja lima

Praça Espanha (mal centralizada)

Depois de andar bastante, fomos comer. Dica número 3. Coma no Kiosko. O MELHOR hambúrguer do mundo. É muito grande, muito bom, total vale a pena. Mas espere você ter FOME (em letras maiúsculas).

Hmmm, fui contudo no hambúrguer.

Dia 3 era também o último dia do ano. Conseguimos acordar cedo e conhecer a Barcelona do Gaudi. Mano, né por nada não, mas o cara era muito doido! Vimos a Casa Batlló e a La Pedrera, mas chocante mesmo é a Sagrada Família. Além de ser interminada (com pergaminhos esboços feitos pelo Gaudi pra ajudar o término da obra), o bicho é gigante e muito bonito. A fachada em que o Gaudi trabalhou é sensacional, e tem até uma árvore de natal nela. Quando tiver pronta, a basílica vai ter 167m de altura e 3 fachadas que contam toda a história de Jesus (em estátuas esculpidas com vários estilos arquitetônicos, um trem de louco). Meu arrependimento foi não ter entrado lá, mas acabou que não deu tempo...

E o susto quando vi o tamanho dela? E quando descobri que a maior torre ainda não tá pronta? 

Mas o dia tava acabando e a gente nao tinha comprado o ingresso pra festa da virada, então almoçamos e fomos pra casa resolver a ceia de reveillon (coelho no molho de laranja, frango assado no cream cheese e amendoa, arroz e batatas), e resolver a vida (roupa, sapato e ingresso da festa). A ceia atrasou um pouco e na hora da virada ainda estávamos em casa, mas fizemos uma festa ótima! 

Meninos comportados

Saímos pra festa e só voltei as 8h30 da manhã do dia 1, com o Robs, um indicativo de que o dia seria da preguiça. Ainda encontramos a Helô, passeamos no bairro gótico, comemos tapas (que é um canapé. Pão frances (ou italiano) fatiado com qualquer coisa em cima. QUAL-QUER. Comi um que tinha uma TORTA em cima dele).

Sente o drama das tapas!

E no último dia de turismo foi dia de PARC GUELL! O parque é todo lindo. TODO LINDO. Músicos geniais, uma vista maravilhosa, e o lagarto que foi minha sensação, assim como a piramidinha do Louvre, sabe? Feels like Barcelona quando você vê o que sempre diz que é. 

Eu e meu bróder Lagarto em Barcelona.

Nesse dia fomos no Mercado da Boqueria. Dica número 4. Vá o mais cedo possível no mercado. E faça compras lá. Achamos massa de pão de queijo (e nosso pão de queijo ficou divino), carne barata (picanha lá custa o mesmo tanto que frango aqui na Holanda, olha a dó!) e muitas outras comidas lindas e maravilhosas.

Compramos também o melhor sanduiche de presunto, segundo o New York Times e o trem é bom mesmo, mas eu não tirei foto. Acho que a loja chama Café Viena e é nas Ramblas, recomendo.

Por fim, caçamos um bom restaurante pra comer paella. Por bom entendam: não fosse paella perdigão (desses restaurantes pegadinha de lugar turístico que tenha foto do lado de fora) e barato. Achamos uma com um preço justíssimo e ainda tomamos uma sangria (que é um vinho temperado com ervas gelado).  Encontramos a Pati num bar bem legal na nossa vizinhança, voltamos pra casa e dormimos as 4h pra levantar as 7h pra pegar o avião de volta pra casa. E fim.

PS. Pra ver a foto maior, é só clicar nela. 





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